Se você gosta de ler sobre histórias de vida, já deve ter se questionado sobre a diferença entre biografia e autobiografia. Não são a mesma coisa? Essa dúvida faz parte do dia a dia da Palavra Bordada, pois está relacionada aos serviços que prestamos. Adiantamos que elas são propostas distintas, mas com pontos em comum.
A diferença entre biografia e autobiografia vai além de uma denominação técnica destes gêneros textuais. Envolve aspectos relacionados com a estrutura do livro e com a forma como os relatos e informações são apresentados. Neste texto, você vai descobrir como isso acontece na prática.
O que é biografia?
Essa é a palavra mais utilizada quando se quer fazer referência ao registro de uma história de vida. Consiste na reunião do maior número de informações para reconstruir a trajetória de alguém, em uma narrativa elaborada na terceira pessoa do singular. É o caso do livro Memórias Tecidas, escrito anos depois do falecimento da biografada, com base em documentos e entrevistas com familiares e amigos.
As biografias, muitas vezes, contam a trajetória de personalidades das artes, da política, da ciência, do esporte ou do mundo empresarial. Porém, não é preciso ser celebridade para registrar o seu percurso em um livro: na Palavra Bordada, nós acreditamos que todas as histórias merecem ser valorizadas e devem ser contadas.
No mercado editorial, são bastante comuns as biografias não autorizadas: podem ser escritas sem o consentimento do biografado famoso, o que não é obrigatório, mas costuma gerar polêmica. Sem falar que, nesses casos, perdem a contribuição do personagem principal, que poderia agregar outras informações à obra.
O que é autobiografia?
É também um relato de história de vida, mas escrito na primeira pessoa do singular, sob a perspectiva do biografado. O ponto de partida são os relatos, registros e documentos nos quais ele se baseia para elaborar a sua trajetória. Um exemplo é esta publicação, A vida é assim, que destaca momentos marcantes no percurso do personagem principal.
Em diversos casos, este tipo de texto pode ser escrito com o auxílio de um ghost writer, que vai colaborar com o conhecimento técnico para transformar as informações coletadas em uma narrativa. Pessoas muito ocupadas ou que não têm o hábito da escrita costumam contratar esse profissional.
A autobiografia também se aproxima bastante de um livro de memórias, como pode ser classificada a obra Seu Verardi e o Grêmio: Uma História de Amor. A diferença é que este último tipo de texto costuma ter um caráter mais reflexivo sobre os acontecimentos e, muitas vezes, aborda apenas um determinado aspecto da vida do personagem principal. Já a autobiografia tem uma preocupação maior com as questões cronológicas e factuais.
Qual é a melhor abordagem?
Você já percebeu, pelo que explicamos até aqui, que a diferença principal entre a biografia e a autobiografia diz respeito ao ponto de vista do texto. No primeiro caso, alguém escreve sobre o personagem principal. No segundo, o autor do texto é o próprio biografado (com ou sem auxílio de um escritor).
Em uma biografia, é interessante trazer diferentes perspectivas sobre a história de vida que se está contando, com relatos de pessoas próximas. Já em uma autobiografia, é possível explorar detalhes da memória e aprofundar as entrevistas, aproximando-se de uma reflexão.
Não existe uma definição de qual é a melhor abordagem: tudo vai depender do objetivo da publicação e das informações disponíveis. O que vale para os dois gêneros textuais, sem dúvida, é o rigor na coleta das informações, a pesquisa aprofundada, o respeito ao personagem principal e a elaboração de uma narrativa criativa e envolvente.
Depois de aprender mais sobre biografia e autobiografia, fica a pergunta: será que a sua vida também não daria um livro?
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