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  • Foto do escritorCarolina Rocha

Ler é uma questão de hábito


A correria do dia a dia, os múltiplos papéis que desempenhamos em nossas vidas e a falta de tempo são justificativas comuns para explicar porque lemos tão pouco. Realmente é difícil iniciar uma atividade nova em meio a tantas outras que são prioridade no cotidiano.


A leitura traz muitos benefícios para quem consegue usufruir dela, como redução do estresse, expansão do vocabulário, aumento da memória e da capacidade de concentração.


O período de férias de verão, no qual diminuímos a intensidade dos nossos compromissos, é ideal para retomar o gosto por ler, seja na beira da praia, na rede, ou num dia chuvoso.



Dicas para ler mais

Ler é um hábito que precisa ser desenvolvido, como qualquer outro. É necessário tempo para descobrir e entender nossos gostos literários e incorporar essa atividade à nossa rotina. Facilmente ela pode se tornar um momento de relaxamento e descontração.

Para ajudar a desenvolver esse hábito preparamos algumas dicas que podem ser úteis:

  • Escolha um livro do seu agrado;

  • Defina uma meta diária, por exemplo, 15 a 30 minutos ou um capítulo;

  • Leia em local sossegado, sem distrações e com celular no silencioso;

  • Persista! Se não gostou do livro, pare a leitura, escolha outro e recomece;

  • Faça uma tabela e registre suas leituras, surpreenda-se com a quantidade de livros que você terá lido ao final de seis meses, por exemplo.


Para quem ainda está em dúvida sobre qual obra escolher, oferecemos algumas sugestões de livros que poderão te agradar. Afinal, dicas são sempre bem-vindas quando o assunto é série ou filme e, para livros, não é diferente. Preparamos uma lista variada de gêneros para alcançar diferentes gostos.


Boa leitura!



Reprodução da capa do livro A intérprete, de Annette Hess. O título da obra está centralizado, na parte superior, ao lado de uma mulher loira, caminhando com um casaco verde claro cobrindo toda a roupa até os joelhos, sapatos pretos de salto médio, carregando uma pasta na mão direita, e uma bolsa e uma pasta na mão esquerda. Ela caminha da direita para a esquerda, olhando nesta direção. O ícone da editora está no canto esquerdo inferior. Uma crítica da obra está centralizada na parte superior.

- A Intérprete - Annette Hess

Ambientado em Frankfurt, na Alemanha da pós-guerra, o livro conta a trajetória de Eva Bruhns, uma jovem alemã que trabalha como intérprete de polonês/alemão e ajuda seus pais no restaurante da família. Eva está namorando um jovem rico e espera que ele se torne seu noivo em breve.


Dividida entre o trabalho, a família e o possível casamento, Eva é chamada para ser intérprete no julgamento de nazistas do campo de concentração de Auschwitz. Por um motivo que ela não entende, se sente compelida a aceitar o trabalho, apesar de seus pais e namorado serem totalmente contra.


Eva tem a responsabilidade de traduzir o testemunho das vítimas do campo de concentração e sabe o quanto seu trabalho é crucial para que o júri entenda perfeitamente o que as pessoas estão narrando. Na medida em que vai se envolvendo nos depoimentos, percebe que tem algo errado com ela e com sua família.


A autora, Anette Hess, conduz a narrativa de tal forma que nos leva a pensar sobre o papel do povo alemão durante a 2ª Guerra Mundial, algo que, em geral, não estamos muito acostumados a fazer, pois quando se fala nesse conflito, o foco é dado ao povo judeu e aos nazistas. Também por esse motivo, vale muito a leitura.



Reprodução da capa do livro Talvez, no fim, com o título da obra escrito em letras brancas na parte superior, sobre um céu lilás do final da tarde. Olhando para o horizonte, vemos a silhueta de uma mulher sentada e, ao seu lado esquerdo, um cachorro. O nome da autora, Paloma Rodrigues, está escrito na parte inferior do livro, em letras maiúsculas e brancas.

- Talvez no Fim - Paloma Rodrigues

Júlia é uma jovem que está cursando medicina na Universidade Federal, mas não está feliz com suas escolhas. Ela decide mudar de curso, terminar seu namoro com o rapaz mais popular da faculdade e arrumar um emprego.


Começa uma nova fase na vida de Júlia na qual ela tem que lidar com as consequências de todas as mudanças e isso não é tarefa fácil.


Paloma, a autora, através de sua personagem Júlia, fala diretamente com jovens garotas, apresentando situações do cotidiano comum a quase todas elas e trazendo uma mensagem de feminismo e empoderamento feminino muito forte. Outro fator relevante em Talvez no Fim é a narrativa de diálogos entre Júlia e sua mãe e as preocupações de ambas sobre o relacionamento mãe e filha. Essas conversas também retratam o quê e como deve ser esse relacionamento e podem ajudar aos pais no entendimento de seus filhos adolescentes.



Reprodução da capa do livro Longe das Aldeias. O título da obra se distribui por quase toda a capa, em letras maiúsculas, brancas, sobre um fundo que é uma parede de tijolos, em uma imagem em tons de sépia. A palavra Romance, em letras brancas de tamanho menor, está posicionada à direita, logo abaixo do centro. O nome do autor, Robertson Frizero, está na parte superior da capa, com a mesma tipologia do restante.

- Longe das Aldeias - Robertson Frizero

Ter que enfrentar um período de guerra em seu país, ser obrigado a migrar e reconstruir sua vida certamente são situações que apenas quem passou entende o que significa. Como relembrar esses momentos, como saber sobre seu passado e sua origem quando a busca por respostas implica em reviver traumas que deixaram sequelas muito graves? Esse é o desafio de um jovem, com quase dezoito anos, que deseja saber sobre a identidade de seu pai, porém se depara com histórias criadas e contadas pela tia e pela mãe, que foram obrigadas a deixar sua terra e se instalar no Brasil.


Frizero trata com muita sutileza a complexidade do ser humano, seus sentimentos e a forma como cada um lida com esses impasses da vida, como segue em frente, ou não, como se relaciona com seus familiares após conhecer os fatos reais e entender seu contexto atual.



Reprodução da capa do livro Cidadã de Segunda Classe, escrito em letras brancas maiúsculas, no topo, do centro para a direita. Logo abaixo, o nome da autora, Buchi Emecheta, em lilás. Ao seu lado, a ilustração de uma mulher negra, com um vestido e um turbante laranjas, e uma mala lilás nas mãos. Distribuídos sobre a capa de fundo preto, estão símbolos que parecem ser estampas étnicas em tons de bordô, laranja, lilás e branco. O logotipo da editora está ao centro, na parte inferior.

- Cidadã de segunda classe - Buchi Emecheta

Em uma autobiografia, a autora conta, através da personagem Adah, como lutou, desde criança, contra as opressões que recaem sobre as mulheres de seu povo. Sua primeira batalha é para poder frequentar a escola.


A Nigeriana almeja uma vida melhor e mais confortável para sua família, e para alcançar tal objetivo entende que migrar para Londres é a melhor estratégia. Porém, ao chegar na tão desenvolvida cidade, Adah percebe logo que vivia muito melhor na classe social que havia alcançado na Nigéria. Na nova pátria ela se depara com o racismo, a exclusão, a violência do marido e comportamentos que ela jamais imaginou que pudessem existir.


Neste livro, Emecheta mostra o quanto uma mulher é capaz de alcançar quando traça um objetivo e se determina a atingi-lo, mas para além disso, o quão importante é não nos deixarmos afetar pela vitimização, por mais difícil que isso possa ser.



Reprodução da capa do livro Todas as páginas de Henrique Leão Kiperman, com título escrito em letras pretas, do centro para a esquerda, na parte inferior. O nome do autor está destacado com letras em negrito e um pouco maiores. A imagem de fundo é uma fotografia dele, sorridente, olhando para a foto e vestindo camisa, terno e gravata.

- Todas as Páginas de Henrique Leão Kiperman - Eugênio Esber;

Henrique Leão Kiperman nasceu em Curitiba (PR) em 1º de julho de 1938. Começou sua vida seguindo os passos do pai, como mascate, percorrendo o interior da região Sul do Brasil como representante comercial.


Em meados dos anos 60, mesmo não sendo uma pessoa de muitas palavras, fez bastante sucesso como livreiro. Era um homem ambicioso, sabia de seu potencial e não se contentaria com pouco. De seu modesto baú recheado de livros médicos, e onde sentava para dar descanso às pernas, construiu uma livraria, em Porto Alegre, cidade para onde se mudou para casar e fazer a vida. Da livraria, ele fez uma editora que se tornou referência no Brasil e no exterior por publicar o melhor conhecimento em medicina, psicologia, educação, administração e outras áreas. Publicou mais de 4 mil livros. Essa é uma biografia que mostra a força e dedicação de um empreendedor para fazer seu negócio surgir, crescer e ser reconhecido no mercado internacional.



Reprodução da capa do livro Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. O título está centralizado, mais à esquerda. O nome do autor, Tim Brown, está na parte inferior, mais à direita. O logotipo da editora está na parte inferior, à esquerda. Do centro para cima, à direita, estão vários círculos coloridos sobrepostos, em tons de azul, verde, amarelo e vermelho.

- Design Thinking: Uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias - Tim Brown

Para quem precisa encontrar soluções de forma rápida e que tragam resultados reais e significativos para suas empresas, e por que não para quaisquer outras necessidades fora do mundo corporativo, Design Thinking é leitura obrigatória.


Nela o autor apresenta um método que privilegia a criatividade e a experimentação para reunir demandas, ideias e possíveis soluções, testá-las e avaliá-las, por todos os ângulos possíveis. Um processo colaborativo que busca por alternativas viáveis tanto funcional quanto financeiramente.






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